sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Vocês já pararam para pensar como será o Natal dos Iraquianos?
Vocês já pararam para pensar como será o Natal das pessoas que moram em orfanatos, asilos e ruas?
Vocês já pararam para pensar como será o Natal de pessoas que não tem o que comer?
Das pessoas que estão internadas em hospitais e presídios?

Muitas dessas pessoas não reclamam ou se quer questionam porque são assim.
E nós às vezes blasfemamos dizendo que não somos felizes quando temos nossa família reunida ao nosso lado. Quando temos uma casa para viver, comida na mesa, afago, abraços e carinho. Muitas pessoas desejariam ter só um pouquinho do que nós temos.
"A mãe de um amigo meu Pedro, tem um coração esplendido, de uma dedicação infalível.
Certa vez eles conheceram uma moça e ela foi morar na casa dele.
Dora era órfã na infância sua mãe a maltratava dizia para ela que a odiava. Ela cresceu sem o carinho materno.
Quando chegou à casa de Pedro viu a dedicação e o amor que a mãe dele dedicava a Pedro e a sua Irma, e ela falava para eles:

“Se eu tivesse uma mãe como a sua eu não deixaria fazer nada dentro de casa, ela se orgulharia de mim e eu seria uma ótima filha.”
E foi assim ela começou a chamar a mãe de Pedro de "mãezinha", Enquanto ele e a Irma reclamavam da super proteção da mãe deles, Dora pedia a Deus para que fosse com ela.

Por isso vamos dar valor a tudo de bom que temos, pode ser pouco, humilde, mas foi o que Deus nos concedeu.

Abrace, beije sua família, diga o quanto são importantes para você. Lembre-se o amanha é incerto.
Divirta-se, mas com moderação.
Não faça as outras pessoas o que não gostaria que fizesse a você.
Perdoe aquele amigo que te magoou você não tem nada a perder.
Doe-se, faça o bem a alguém, às vezes tem alguém ao nosso lado precisando de uma palavra ou de um abraço.
Olhe-se no espelho e se sinta bem, dê valor ao seu corpo, ele é seu abrigo aqui na Terra.
Ligue para os amigos.
O que às vezes parece ser não é a verdade, não veja a situação com olhos humanos, mas com os olhos do coração.
Hei... Sorria... Não seja tão carrancudo, o sorriso alegra a quem passa, faz bem para o coração.
Aproveite os momentos bons que a vida oferece.
Fique feliz! Faça alguém Feliz!

Feliz Natal!
Que o próximo ano de vocês seja repleto de amor. 



"Que é o Natal? É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de do que cada xícara se encha com bênçãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve à paz."
(Agnes M. Pharo)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fidelidade X Lealdade

Conversando com uma amiga minha, que se chama Bruna Andrade e dedico esse texto a ela. 
Em nossa longa conversa no msn, conversamos um bocado sobre relacionamentos.
A questão que mais tomou meu tempo, na verdade, foi a conturbada relação entre fidelidade e lealdade, confundidos por 90% dos seres humanos na Terra.
Em termos simples, fidelidade é aquela característica em que “não se tem olhos para mais ninguém”, e é a única coisa que as pessoas cobram de seus parceiros na maioria dos casos. Já lealdade é algo que se espera dos amigos: estar ao seu lado quando você precisa, respeitar seus sentimentos, dizer a verdade quando ela se faz necessária, mesmo que seja algo doloroso.
Para mim, lealdade é algo infinitamente mais importante do que fidelidade. Da mesma forma, uma pessoa desleal é infinitamente mais desprezível do que alguém infiel. É irreal pensar que o ser humano é capaz de suprimir suas vontades e desejos em nome do “amor”, e certamente estes desejos contidos irão se acumular de forma a atormentar o relacionamento, voltando à tona em toda discussão do casal, mesmo que o tema da briga seja completamente diferente. Vontade é coisa que dá e passa, quando você mata a vontade, ela deixa de ser um problema. Mas, se ela não for saciada, sempre vai haver aquela pontinha de vontade reprimida, aquele “ah, se eu pudesse…”, que pode ser fatal para o mais sólido dos romances.
Claro que isso não significa que eu acredite em “relacionamentos abertos”, e cada um possa fazer o que quiser da vida. Mas se você tira férias e passa um mês longe do seu amado(a), e ele(a) por acaso sai com os amigos e fica com uma menina(o), não por maldade, mas por carência, quem sou eu para condenar o cara ou a menina? Cada caso é um caso, mas se a relação for sólida e saudável, não é uma “pulada de cerca” que vai pôr fim ao namoro/noivado/casamento.
Para terminar imagina se Leonardo Dicaprio (ou qualquer outro sonho de consumo feminino) chegasse pra minha amada e dissesse que queria  ela, eu seria o primeiro a empurrar a menina pros braços dele,  imagina, esse tipo de oportunidade não aparece todo dia, e seria uma história para contar para todos os amigos e nossos descendentes.
Lealdade é ter franqueza, sinceridade,  enquanto fidelidade é a exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas, jurar fidelidade.
Interessante isso, não é? Na amizade, na profissão, na vida em geral, parece claro que a primeira situação é a mais adequada. Mas quando o assunto é o coração ai as coisas complicam.
Em relacionamentos pautados na fidelidade, trair é pular a cerca. Se um pula e não conta, o outro lado não saberá que o pacto foi quebrado e o protagonista apenas carregará o peso na consciência. Se o fardo for grande para carregar só, confessar vai transferir parte da carga para quem não esperava carregar isso.
Já naqueles relacionamentos onde a lealdade é o lastro, trair é esconder que foi comer em outros pastos, estaríamos prontos para assumir os riscos e lidar com as conseqüências que podem acontecer de ser leal?
O que eu quero dizer, com esses pensamentos, é que, talvez sinceridade e fidelidade sejam incompatíveis.




"Há que ser infiel, mas nunca desleal."
(Gabriel García Márquez)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sonhei que te perdia

Não lembro direito se era eu quem me afastava, ou se era você. Só lembro que tudo era escuro, escuro e frio. Aquilo chamava a minha atenção, era assustador, tudo era muito detalhado. Eu podia ''ver'' tudo o que estava ''sentindo'' e isso com certeza era assustador. Juro que nunca pensei que a tristeza se manifestasse num nada tão profundo. 
Porém, algo inexplicado exercia certa pressão contra o meu peito. Eu senti meu interior seco, deserto e a sensação, era que nem toda água do mundo, umedeceria minha boca naquele momento.
O sonho foi passando e eu sentia as trevas sobre mim, e a assustadora sensação de te perder ressecando meu coração continuava.
Mesmo dormindo senti essas coisas como se estivesse acordado, você indo embora e só restavam palavras, e mesmo que eu quisesse, mesmo que eu tentasse com todas as minhas forças, jamais conseguiria tirar a imagem de teu sorriso, o brilho dos teus olhos, ou até mesmo o simples gosto dos seus lábios da minha vida nesse sonho.
Ao final, eu escuto um som bem baixo, que foi aumentando até me acordar, era o despertador, olhei para ele e marcava 5h, e percebi que não era só um sonho, era a realidade.




"Toda a sensação de perda vem da falsa sensação de posse."
(Luiz Gasparetto)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Verdade, Mentira e Omissão

Como Dr. House diz: “Todo mundo mente.”
Mente por não gostar da verdade, ou por não querer que a outra pessoa saiba a verdade.
Há mentira para o bem, assim como há para o mal, mas tem uma coisa que muitas mulheres confundem com seus namorados e com as pessoas no geral, que é a diferença entre: Omitir e Mentir.
Muitas mulheres dizem que uma omissão é uma mentira, mas na verdade não é.
Você pode dizer: “Mas a verdade tem que ser dita sempre”.
Se todas as verdades fossem expostas, o mundo seria mais caótico do que é na atualidade.
É um ponto de vista.
Mas eu ainda acho que existe uma grande diferença sim.
E até a mentira, às vezes, não é uma coisa ruim.
Acredito que sempre existe a mentira piedosa, aquela que a gente conta para poupar a pessoa da verdade, ou para evitar uma situação ruim desnecessária.
Por exemplo,quando uma mãe morre, ninguém vira para aquele filho pequeno e diz “Sua mãe morreu!”. Mente-se, piedosamente, para poupar aquela criança tão pequena de encarar logo cedo a verdade sobre a morte.
Em outro exemplo, quando um pai é muito severo, a mãe faz o possível para ocultar dele que o seu filho tirou notas baixas na escola, não é uma coisa ruim. É uma omissão piedosa também. Melhor esconder a verdade daquele pai, do que vê-lo espancar a criança que, muitas das vezes, só tirou nota baixa por uma desatenção.
Por isso eu acho que mentira, omissão e verdade, são coisas muito relativas. Tudo depende da situação em que elas são usadas.
No relacionamento não é diferente, Falar sempre a verdade, embora faça parte do nosso código de ética, às vezes pode significar apenas descuido com o outro, preguiça de encontrar as melhores palavras para transmitir um recado sem ferir. Pequenas mentiras ou omissões com a finalidade de proteger a relação ou evitar constrangimentos e mágoas em geral são bem-vindas ou até desejáveis, por mais paradoxal que pareça.
Às vezes, as verdades que dizemos ao parceiro não são bem interpretadas como queríamos, e a pessoa acaba imaginando algo que não foi.

EX1:
Digamos que seu namorado (a) pergunte como foi o seu dia e nesse mesmo dia alguém tenha roubado um beijo seu na rua, e você diz ao seu namorado (a) que uma pessoa roubou um beijo seu.

EX2:
Mas em outro caso ele pergunta como foi o seu dia, e você simplesmente diz que foi bom e diz o que acrescentou na sua vida naquele dia e as coisas importantes.

EX3:
Você diz algo contrario do que aconteceu no seu dia e algo contrario do que aconteceu naquele momento que você foi beijada.

No primeiro exemplo, é a verdade em si, você conta exatamente o que aconteceu, que pode correr o risco de ter uma briga. No segundo exemplo é a omissão do fato, para não gerar uma eventual discussão e no terceiro exemplo uma mentira, afirmação contrária à verdade, engano propositado.

Embora eu tenha como principio dizer a verdade sempre, mentir às vezes não parece ser tão mal, quando se há realmente uma necessidade.



"Uma verdade dita com má intenção bate todas as mentiras que se possa inventar." 
(William Blake) 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sempre

Foi tão incomum que não posso explicar, um assunto totalmente diferente me trouxe pro teu lado. Fez com que eu sentisse necessidade de estar ali todos os dias, por perto, te cuidando. A principio pareceu uma garota comum, nada diferente das outras. Mas, me enganei, você é diferente, de um jeito que só você sabe ser. Com todo aquele encanto, como eu podia não me apaixonar? Não querer estar? Eu tentei todos os truques de magia, só pra estar na sua frente, correr, te abraçar e não deixar com que derrubasse uma lágrima sequer, acabar com cada pessoa que tentasse chegar perto de você. Essa intensidade foi mais forte que eu. Não soube decifrar de primeira teus mistérios, tuas minuncias, teus detalhes. Era assim como fazia com as outras. Mas, com você não, você tem uma singularidade encantadora, surreal. Com toda a paciência, eu te esperei, até que conseguisse ser o que você precisava, aquilo que procurava todas as noites. Assim como eu te procurava. E quando me dei conta, estava envolvido de tal forma, não sabia mais destinguir eu de você. Nossa afinidades, nossos gostos, nossas atitudes, eram os mesmo, eram um só. Entramos numa total sintonia, cantávamos a mesma música, a música da nossa história, na nossa frequência. Cada vez mais eu me procurava dentro de você, porque era, é e sempre foi maior que eu, mais profundo, intenso. Cheguei a um ponto em que não me controlo mais, nem quero me controlar. Quero me esconder nos teus braços, e não sair dali, até que realmente seja necessário. Foi aí que me perguntei o por quê de me envolver tanto assim com você. Por que? Passei a te notar cada vez mais, e mais, e mais. Comecei a notar que não era só eu, você tinha milhares de fã. Você tem estrela, você é estrela. Tudo que você faz brilha, brilha muito, mas não mais que você. Porque você tem um dom, o de se guardar atrás desse olhar, desse sorriso. Você pode tudo aquilo que deseja, se não for pela tua vontade pode ter certeza que será pela minha. Eu te quero bem, te quero mais, te quero aqui, sempre.



"Dentro de mim existe alguma coisa que espera a sua volta, de repente..."
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ninguem deixa de nos amar

Eu te amo pra sempre”. Alguém já te disse isso, aliás, muitas pessoas já te disseram isso algum dia; muitas delas foram retribuídas, outras nem tanto. Mas, todas foram sinceras, apesar de algumas terem te decepcionado quando ousaram dizer: “Não te quero mais”.
A questão é que a palavra “decepção” só existe porque define algo que imaginamos ou uma ilusão que criamos em torno de algo ou alguém, que quando se mostrou de forma verdadeira, nos fez acordar e é aí onde surge a palavra decepção. Por isso, que já fomos, por diversas vezes, orientados por especialistas, seja por meio de livros ou consultas psicológicas, a não criarmos expectativas sobre as pessoas, ou a não projetarmos nela o que gostaríamos que ela fosse para nós, afinal, ninguém pede a ninguém para que gostem dela, por isso, é essencial conhecermos a natureza das pessoas, seu passado, sua personalidade, antes de nos envolvermos com ela da forma que for, para que, com isso, possamos saber exatamente o que ela é e o que ela quer, a fim de que não nos iludamos e, consequentemente, passemos a sofrer por essa ilusão.
O que eu quero dizer é que o fato de as pessoas não nos quererem mais em algum momento de nossas vidas, não significa que elas nunca nos amaram, e digo mais: não significa dizer que elas deixaram de nos amar.
Porque, assim como nenhuma pessoa muda (apenas evolui), acontece a mesma coisa com tudo o que existe no universo. Lavoisier já disse uma vez: “Na vida nada se perde, nada se cria; tudo se transforma”. Por isso, ninguém deixa de nos amar, porque os sentimentos não mudam, apenas se transformam; seja pela evolução da pessoa e pela falta de acompanhamento da outra  e quando um não acompanha a evolução do outro, não há relacionamento que sobreviva, ou seja pelo simples fato de o outro buscar coisas diferentes das que queremos, porque busca a evolução da qual precisa, para algum dia se tornar melhor para elas mesmas (acima de qualquer outra coisa) e depois, até mesmo, para nós. daí, a importância de se “deixar livre quem amamos”, porque se tiver que voltar, voltará; mas, acima de tudo, se ela quer ir embora, é porque precisa ir descobrir novas formas de amar para se tornar melhor e, junto a isso, permitir que sejamos também melhores do que já somos.
A verdade é que o “amor para sempre”, realmente será para sempre e se transformará em um amor mais maduro, amigo, companheiro. Aliás, existem muitas formas de amar e muitos tipos de amor, da mesma forma que podemos amar muitas vezes na vida e não somente uma única pessoa; e só a maturidade acompanhada da evolução nos permitirá absorver tudo isso.  E digo mais: isso não é questão de idade, porque existem muitas pessoas de 20, 30, 40 e até mais, que ainda não aprenderam a arte do desapego, do verdadeiro perdão e aliado a tudo isso, a do esquecimento do que nos bloqueia ou do que nos impede de ser livres. Muitos idosos não sabem o que é realmente envelhecer, e muitos jovens são idosos por não saberem lidar com suas emoções da forma correta.
Mas, isso não é questão de idade. Isso é evolução. E, felizmente, cada um evolui ao seu tempo.
Posso passar horas escrevendo, filosofando, e minhas ideias não serem absorvidas nem por 30% de quem lê. O mesmo vale para os diversos livros que encontramos nas prateleiras, que tratam dos relacionamentos humanos e de como melhorar a auto-estima. Eles só surtirão efeito em quem está preparado para receber as informações contidas; caso contrário, as ideias vão funcionar de forma temporária em suas vidas, sem serem interiorizadas. Isso vale pra tudo: seja para as pessoas que insistem em nos abrir os olhos sem que “queiramos” ver (não é que não queremos, mas é que ainda não somos capazes de olhar com os mesmos olhos da outra pessoa ou apenas analisamos tudo de forma diferente), ou para os tratamentos psicológicos ou livros e textos que nos chegam. Nada vai adiantar, se eu não estou preparado para receber aquilo que me chega.
Enfim, depois desse longo parêntese, quero finalizar com a ideia principal: ninguém que um dia nos amou, vai nos deixar de amar, porque seus sentimentos serão apenas transformados. Eles continuarão nos amando de forma distinta e melhor, devemos apenas estar preparados para receber esse amor da maneira que ele pode nos dar e sermos felizes dessa forma: aceitando essa mudança.



“amo tudo o que tenho, por isso deixo-as livre; se voltares é por que conquistei, se não voltares, é por que nunca as tive… ”
(Autor Desconhecido)