sábado, 27 de agosto de 2011

Tenho crise de: Karol Myller.

Ela.
Ela não é muito do tipo que se nota quando passa na rua. Também não é muito do tipo que se destaca entre as outras. Na verdade ela é bem normal. Com uma beleza suavizada e o sorriso dela não é de tirar o fôlego. Ela é como todas as outras, até você conversar. Ela tem um tipo diferente de falar, ela fala muito. Ela em si é diferente. Ela tem uns gostos e manias estranhas, mas interessante. Ela gosta de escrever. Ela fala o que pensa. Ela é um pouco tímida quando não conhece alguém, mas se você conhecê-la, te juro, não vai conseguir parar de rir. Ela pode não conhecer muitas pessoas, nem ser popular, mas tem um aspecto meio estranho que é encantador. E ela não tá nem ai, não se importa se não for notada pelo mundo, porque o único mundo que ela se importa, é o seu. Sua visão sobre ela mesma é a única coisa que importa.




"Ela é diferente, talvez ela não se veja diferente, mas aos olhos do mundo, ela é."
Gabriella Raires 

sábado, 20 de agosto de 2011

Tentei

Eu tentei, eu juro que tentei.
Tentei ser mais feliz, mais intenso, tentei não pensar, nem imaginar.
Tentei dormir, mas tive um daqueles pesadelos.
Até algum tempo atrás era diferente, mas agora é estranho.
No momento em que coloquei minha cabeça no meu travesseiro tudo começou a mudar.
As paredes se moviam e se por algum acaso eu fechasse os meus olhos, elas começavam a sussurrar todos os meus segredos.
Eu tentei, eu juro que tentei.
Eu até tentei fingir e muito bem não sentir absolutamente nada, mas bem no fundo eu estava sentindo absolutamente tudo.
Eu tentei te esquecer nos braços de outro alguém, em outros beijos e em outros carinhos, mas não consegui deixar de pensar em você.
Eu tentei te esquecer buscando outros caminhos, outros sorrisos, outras coisas, mas voltava sempre em direção aos seus olhos.
Eu tentei te esquecer, mesmo sabendo que não conseguiria.
Olhei nos seus olhos e fingi que eu não sabia de nada, mas não dava pra esquecer, cada dia mais eu te queria.
Eu tentei te esquecer, até simplesmente ceder. Pois sem você eu não seria nada.
A verdade é que eu tentei,  eu juro que tentei.
Mas de uma vez eu fiz todas as contas possíveis, revisei tudo e confesso, não dá pra viver sem você.





"Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te."
William Shakespeare

sábado, 6 de agosto de 2011

Hoje é diferente

Se eu estivesse em um escritório, eu estaria agora retirando todos os porta-retratos e deixando tudo vazio.
Se por acaso eu morasse com ela, estaria cobrando como Chico Buarque o 'neruda que você me tomou e nunca leu'. Ou 'passando com o portão sem fazer alarde, com a leve impressão de que já vou tarde, e levando no peito saudade'.

Se eu tivesse bem mais vergonha nessa minha cara, eu não estaria dizendo tudo isso aqui. Eu sei. Mas, no fim das contas, a vida é sempre mesmo tão previsível. A gente é sempre tão previsível.
Agora é diferente, fico tentando entender, fico tentando me acostumar, fico tentando acreditar.
Quando eu quiser muito pegar na mão de alguém pra não me sentir sozinho, eu já não poderei pegar na sua, terei de procurar outra mão. Quando eu tiver uma cantada de pedreiro ótima pra contar, eu já não poderei discar no seu número as risadas, vou ter que procurar outra ouvinte. Quando eu quiser te dar um beijo, eu já não mais vou poder te dar, ficarei só na vontade. Agora, quando eu quiser conversar por telefone, já não vai ser o seu estudo que eu vou atrapalhar. Agora, quando eu inventar apelidos doidos, nenhum vai mais caber em você. Agora quando chegarem cartas pelo correio, não serão de você pra mim. Agora, quando meu celular vibrar, não haverá a menor possibilidade de ser mensagem tua. Agora, eu não vou mais contar os dias pra te ver, ficar feliz só de te ver. Quando você me encontrar agora, será casualmente e você não vai mais tocar no meu rosto pra eterniza-lo na sua memória e talvez a gente até finja que não se viu. O seu número que eu sei mais do que de cór, vou ter que esquecer. A sua janelinha no meu msn não será mais a favorita. Quando acontecer algo horroroso ou maravilhoso na minha vida, eu vou precisar tomar cuidado pra não sair correndo pra te contar. Quando for o seu aniversário, eu não vou estar de chapeuzinho na festa. Eu nunca mais vou te acordar. Não tem mais 'minha linda', nem "meu anjo", nem "Bundão", nem "vida", nem sogra. Não tem mais comemoração todo dia nove, não tem mais eu te amo com aquela expressão que só você sabe fazer, não tem mais nossos códigos, não tem mais nada. Não tem mais te ter, não tem mais contar com você, não tem mais você como figura central e importante que dá sentido as coisas e para os braços de quem eu corro. Não tem mais nós. simplesmente ficamos sós

Já disse, e sabia certamente Lenine quando disse: "Mesmo quando o mundo pede um pouco mais de calma e até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para." Fácil é que não é. Separar duas vidas é sempre um processo, mas de toda guerra, saem sobreviventes. Porque não sobreviver ao nosso próprio processo?
Deixar a dor prolongar pra que? Prolongar a dor com coisas que só vão trazer mais dor. Não, obrigado.





Fica sem citação hoje

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

É difícil

É difícil acreditar que você foi embora, é difícil saber que amanhã eu não vou ter sua voz sussurrando, dizendo que me ama e o quanto eu sou importante pra você.
Tento separar o fato de que ainda gosto de você, com o fato de conviver com você, mas na verdade tem sido difícil eu conviver com isso.
Eu tenho a noção do tempo e espaço, só não sei como preencher esse tempo e esse espaço, eu perco a paz e fico frente a frente com a ausência de alguém presente.
“Sem você, sem você, sem você.” Essa idéia de não te ter, fica martelando minha cabeça, talvez esse seja o maior desafio para o meu coração, eu tenho a necessidade de me manter ativo, mas em contrapartida meu corpo cai totalmente em sono profundo refletindo a falta da sua presença. Tento ficar em total silencio sem fazer nenhum barulho, nenhum som, Só que tudo aqui dentro de mim grita, procuro todas as respostas e simplesmente não encontro, descubro forças não sei de onde, mas morro de saudades a todo instante.




"Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea."
Martha Medeiros