domingo, 23 de setembro de 2012

Encontros.



São complicadas essas coisas do coração, fico me perguntando se essa coisa de alma gêmea existe, às vezes acho que não, e se existe porque nunca se encontram? Acompanha comigo, existe mais de sete bilhões de pessoas no mundo, imagine acha-la no meio desse povo todinho? E se sua cara metade morar no Japão, como é que fica? É por isso que eu vivo repetindo: essa coisa de alma gêmea não existe, porque a probabilidade de encontrarmos é totalmente remota e chega a ultrapassar o impossível. Peço desculpa aos românticos de plantão, mas eu sendo um romântico também demorei a aceitar essas premissas.

Mas por outro lado, existem os encontros. Não bote muita fé nessa coisa de “acabei um relacionamento e nunca mais vou conseguir me envolver”. Se o seu relacionamento realmente gastou tudo o que tinha pra gastar, e terminado mesmo o ciclo, você consegue, caso não tenha terminado o ciclo, não acha tão rápido assim, o importante é que haja o encontro verdadeiro, se você ainda não conseguiu é porque não teve o verdadeiro encontro.

Para que esse encontro possa acontecer, precisa-se de duas almas perdidas, e que estejam em sintonia. Precisa-se que elas estejam abertas, a procura das mesmas coisas ou que nenhuma das duas esteja procurando algo. Como tudo é preciso energia e paciência, assim você pode ter o seu encontro três anos depois do final do relacionamento ou até três dias depois.

São aqueles encontros de corpos, de espírito, de alma, de pele, duas pessoas do mesmo nível de entrega, mesmo que não saibam disso. Não vai adiantar prever, nem forçar o tal encontro com alguém, não é algo que se possa controlar. Ela pode ser estupidamente linda e maravilhosa, simpática e mesmo assim falhar. E você vai ficar se perguntando porque a você mesmo, sem entender de nada.

No entanto, após um período incerto, aquela menina não tão linda, ou nem tão divertida parece ter alguma coisa especial e quando você menos esperar está apaixonado. O encontro é fundamental, por isso que vemos tantas pessoas não correspondidas. Não é porque tal pessoa não é a alma gêmea, mas de não ter chegado a hora do verdadeiro encontro.

O tal encontro não tem intenções em sua essência, provavelmente você nem espera que tal pessoa se torne algo pra você. Você nunca vai conseguir reparar no encontro, a não ser quando ele já aconteceu. Encontro de vontade, é só.

Um encontro de se ver o tanto quanto, de pegar na mão, de fazer convite para sair quando não se faz mais questão de ir só. Encontros de risadas com a mesma sincronia, de desejo, de sentimento, e de busca. Uma busca que quase nunca sabemos que estamos fazendo, mas a verdade é que sempre estamos procurando algo. Mas é como diz o ditado: ”quem procura acha”, só que muitas vezes acaba achando errado, muitas vezes acaba achando o que não queria encontrar.

Encontros acontecem de forma simples. Acontecem quando já desistimos e cansamos, mas ele sabe a hora de vim, de aparecer, ele percebe que você relaxou e acalmou o seu coração. Ele vem em silêncio, sempre com um plano bom a seu favor. E quando esses encontros acontecem, mesmo que no processo aconteçam desencontros, é a prova crucial para que a gente fique sabendo se realmente aquela era o esperado. E quando essas almas perdidas conseguem vencer todos os desencontros  e conseguem cruzar o caminho novamente em sintonia, em sincronia, ai sim voltamos a acreditar na ilusão gostosa de que o mundo não seria tão cruel a ponto de colocar nossa alma gêmea no Japão. E quer saber? Quem sabe ela até possa existir.





"Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome, em breve, será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou."
Nicholas Sparks

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