Todo dia eu costumo a me acordar de cinco
horas da manhã para ir pra faculdade. Só que hoje eu acordei mais cedo, por
volta das quatro da manha.
Olhei o céu pela janela do meu quarto e ainda
estava escuro, a lua ainda mostrava a sua graça. Como eu havia acordado uma
hora mais cedo, eu decidi puxar o cobertor pra cima da minha cabeça e tentar dormir
mais um pouco, mas os pensamentos em nós dois insistiam em me manter acordado. Desde
que você se encontrou longe de mim, eu tenho dado o melhor de mim pra seguir em
frente, na verdade eu até tenho seguido, e está tudo bem.
Então eu pego o carro e vou dar uma volta, vou
tentar relaxar. Vou tentando dar um jeito nas dores que um dia as minhas
emoções me causaram, então eu chego à conclusão de que eu apenas estou cansado
disso tudo, e parece que a única coisa que eu consegui herdar de tudo isso, foi
não saber o que poderíamos ter sido, o que deveríamos ter sido. Na verdade essa
falta de conhecimento é o que mais me atormenta.
Agora eu te pergunto, você acha mesmo que depois de
tudo isso que eu passei e o que eu passo, eu devo te perdoar? Eu sei que perdão
é uma atitude dos fortes, mas se tratando de você, eu nunca tive lá essas
forças todas.
Então eu te digo uma coisa: Leve seus pensamentos,
usufrua toda a sua liberdade. Leve as suas lembranças, porque eu não preciso delas.
Pegue o seu espaço e todas as suas razões... Pegue tudo, mas deixe o meu amor,
porque não temos nada mais a discutir. Na realidade eu até me sinto bem melhor com você longe assim.
Algum dia eu passarei pelos seus pensamentos. Algum dia eu vou invadir o seu sono, assim do nada, quando você menos
esperar, e assim eu vou me trazer de volta contra você. Quando isso acontecer,
não se preocupe porque eu estarei bem, muito bem. E enquanto você estiver
dormindo com todo o seu orgulho, sua razão e suas certezas, eu já estarei bem
longe.
Mas algum dia, você pensará em mim...
"Raspe dos teus dedos minhas digitais (...). Arranque
do teu peito o meu amor cheio de defeitos..."
Isabella Taviani
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