quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Sinal de adeus.



É engraçado, que mesmo com uma quantidade enorme de etílico em mim, eu não tenho vontade de te ligar, fico passeando pela minha agenda telefônica, e vejo pessoas que eu quero ligar, mas vejo seu nome e não sinto essa necessidade. Eu sei que álcool e celular não combinam, e o porquê nem precisa ser dito. Mas não sei, talvez mesmo eu vulnerável você não me afeta.

Levei tanto tempo pra te encontrar, e mesmo sabendo que talvez você seja a única pra mim, não tenho tanta preocupação com você. Deixo-te ir por você ter me obrigado, eu não sou de desistir das coisas, mas eu estou cansado demais, e de novo você fez com que eu te deixasse ir. Talvez o que nós precisamos é passar por todo aprendizado necessário para sermos melhor um para o outro, mas às vezes até pra acreditar nisso é difícil.

Fico feliz em saber que você não é a causa da minha insônia, fico feliz em saber que a minha felicidade diária não é conduzida pelo teu sorriso em minha mente. Eu não moro mais na sua vida, e se pensar direitinho é até reconfortante saber disso. Então não te procuro mais, eu não bato na sua porta, nem tenho tanta crença assim. Eu percebi que eu posso ir embora também, dando um passo de cada vez até chegar onde eu sonho estar. Cada segundo que eu passo pensando em você e me fechando para as demais coisas da vida, me faz eliminar alguma outra chance de juntar os pedaços.

Então, não quero mais perder nada de mim, eu tenho essa pressa que liberta. Então, não quero perder nenhum segundo com você. Eu não quero perder a minha própria companhia, nem as minhas pernas, nem o meu guiamento, nem minha voz, nem o meu querer.

Eu sei que talvez você até diga que o nosso amor morreu, mas de instante em instante fica fazendo comparações com outras relações que você teve. Pode até alegar que já fizemos tudo e que tudo já foi dito.

Então pega todas as tuas coisas aqui dentro de mim e leve com você, pois não me é mais necessário, desarrumar as minhas coisas ai dentro de você, arruma o cabelo, lava o rosto como dando um sinal de adeus. Eu já passei a chave, ou melhor, eu troquei a fechadura, pois a minha chave ficou com você, e hoje em dia eu te sobro, e você nem me cabe.

Eu quero ar. Eu quero liberdade. Eu quero o meu sangue fervendo e queimando você. Quero que uma onda te leve, ou te afogue, e te entregue a quem for, mas lhe faça desaparecer. Mas sabe o que eu mais quero? Quero mais é te perder.




"Então vá, pode ir pra bem longe de mim, me esqueça, não olhe para trás. Pois pra mim tanto faz."
Projeto Flash

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