De qual modo eu posso fazer com que fique eternizada em minha memória,
aquela tarde em que nós dois vimos o pôr do sol no qual você me disse baixinho
em meu ouvido “eu te amo”? Eu tenho o pleno conhecimento que está penetrado em
meus sonhos, mas mesmo assim eu tenho medo… Medo de esquecer. Imagina que se
por um lapso de memória, ou por “destino”, ou até por doença eu esqueça aquela
nossa primeira noite, na qual ficamos contando estrelas até o amanhecer,
desvendando as constelações mais lindas… Se eu tivesse o poder, eu as pegaria
com minhas próprias mãos, embrulhava, e te presenteava com elas.
Não tem coisa melhor no mundo, do que fechar os meus olhos, ver o seu rosto,
enxergar o seu sorriso, sentir o sono ir me puxando para o mundo dos sonhos que
são guiados pelo seu olhar.
Acho que é paixão, porque eu não consigo deitar na minha cama e dormir logo,
fico cantando olhando para teto, me mantendo nos meus devaneios. Vivendo.
Cantando, gritando, sonhando acordado, imaginando se a minha vida já não está
boa o suficiente para que eu encare a morte de cabeça erguida.
Acredito que deva existir um modo para que eu consiga pegar um pouco das águas
do mar, daquele dia em que nós ficamos sentados na areia da praia só por ficar,
falando sobre nossas historias, historias das nossas vidas. Vivo me perguntando
por que nós seres humanos somos tão frágeis a ponto de não poder pegar o céu, o
mar, ou as estrelas? Meu único arrependimento é não poder te dá-los de
presente.
Pelo menos podemos sentir. Sentir a nostalgia de mais uma nova lembrança, a
cada dia, repetindo sempre o nosso primeiro encontro, quando o “destino” nos
juntou, e nos fez assim do nada, perfeitos um para o outro.
Se hoje em dia, eu tenho todo esse orgulho de cantar, de gritar, de andar e
viver, é porque eu te conheci. Se hoje eu já não tenho medo de cantar, de
gritar sobre os meus sentimentos, de sonhar sem ter medo de me frustrar e
morrer, é porque eu tenho algo que é bem mais forte que a morte. Eu tenho seu
amor.
"Queria te dar uma estrela. Mas todas brilham menos que os seus olhos."
Autor Desconhecido
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