É quinta à noite e me pego pensando que já faz quase uma semana. Nós dois,
ali, deitado na cama, jogado pelos cobertores enquanto o mundo girava ao nosso
redor. Aqui dentro um coração cheio de esperanças, enquanto você me abraça com
toda a sua alma.
Na quinta de hoje, eu tenho um certa tristeza, na quinta de ontem, eu
tinha plena convicção de que seria você a pessoa na qual extinguiria toda a dor de mim e assim ser chamada de meu amor. Coração abestalhado, cedeu a todos os
seus encantos, a todas as suas esperanças, a todos os sonhos, e agora tá tudo
abandonado em uma gaveta qualquer do seu quarto.
O mundo hoje em dia está mudo por eu não ter a sua voz, se perdeu tudo
aquilo que tinhamos. A saudade vai ficando, e a solidão vai enchendo todas as
partes que eu nem imaginava que existia em mim. Na maioria das vezes é assim,
quando uma pessoa se entrega totalmente a outra, a outra nega. E eu acreditei
no seu abraço, acreditei no seu sorriso, acreditei nisso tudo, mas hoje não há
mais sonho, não há mais os laços, nem mais a segurança, nem há você comigo.
Sorte dessas pessoas que não machucam o coração, que andam por ai com alguém
que lhe aquece em meio a multidão. Burros são aqueles que nunca sentiram uma
dor por perder um grande amor. Acredito que o mais importante da ferida não é a
dor que sentimos, mas sim a nossa capacidade de cicatrizar.
Ainda não cheguei nesse momento, nem sei se um dia vai chegar, mas
enquanto não chega eu vou escrevendo pra você. Mas o que eu faço agora com
esses corações marcados em todas as quintas-feiras em que eu esperava com um
sorriso no rosto só pra te ver? E agora o que eu faço com todo o espaço e com
todos os dias que eu mantive bem aqui dentro de mim, pra te levar em cada passo
que eu desse?
"Na sua ausência, qualquer detalhe faz falta."
Autor Desconhecido
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