sábado, 25 de agosto de 2012

Espelhos.

Quando eu paro e penso em tudo o que aconteceu entre a gente, e nas coisas paralelas a nós, eu chego à conclusão que foi bem mais saudável chegar ao fim. 

Eu nunca me dei bem com despedidas, independentemente do tipo. Despedidas de pessoas, filmes, minisséries, series, shows e etc. No final sempre me pergunto: “Sim, e agora?”. E essa pergunta fica martelando na minha cabeça, acho que a intenção é realmente essa, fazer com que nós fiquemos pensando o que aconteceu, ou inventar o seu próprio final, ou inventar o final que lhe convenha.

Na vida real não podemos inventar um final, ou melhor, na vida real não podemos inventar nada, pois se inventarmos, não estamos sendo sinceros, conosco, com a vida e até com o nosso bem estar. Embora estamos em constantes representações no nosso dia a dia.

Sabe, eu tenho um lado meio filosofo, e acho essas representações engraçadas e tenho uma opinião. As pessoas acreditam muito em espelhos. Acreditam muito que tal pessoa é espelho para outras pessoas. 
Acreditam no que veem no espelho quando olham o seu reflexo nele, e todas as vertentes de espelhos existentes. Eu nunca fui de acreditar nisso, pois a imagem que aparece naquele espelho é uma representação minha, às vezes me engorda, às vezes me emagrece e coisas do gênero. Mas se é uma representação, não sou eu. Se não sou eu, então quem aparece no espelho?

Fico feliz em saber que naquele espelho não aparece você. Fico feliz em sabe que você não é a minha representação, pois se fosse, essa representação seria a maior falha que se pode ver. Nesses mesmos espelhos as pessoas se veem e dizem: “Tá ai uma pessoa pela qual vale a pena lutar e amar.” Mas se você acha que você e só você é a única pessoa que vale a pena lutar e amar, me desculpe a sinceridade, mas você é uma pessoa extremamente egocêntrica.

Então, hoje em dia fico me perguntando quem você é, e quem você foi pra mim. Acho que minha lembrança de tudo é como quando temos um sonho, e no final do dia nos lembramos vagamente e nos perguntamos se o que aconteceu foi real ou não. Somos iguais em não termos talento para tal, e descobrimos que o que sentíamos não era sentimento para todo dia, o dia todo e para sempre. E nossa musica foi se desfazendo, e depois que o passado passou, eu comecei a esquecer da melodia e dos acordes. E o tempo ajudou a gastar o que já não era pra durar.





"O que é que eu vou fazer pra te lembrar, como tantos que eu conheço e esqueço de amar. Em que espelho teu sou eu que vou estar."
Nei Lisboa

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