domingo, 22 de julho de 2012

Sempre vai haver...


Meu amor por ela é conformado, e eu vivo sempre assim, em um amor calado. Tão calado nos seus próprios gritos perdidos que ninguém os ouve. E o coração vai gritando. Ele grita porque nunca deixou de ter. O meu erro mesmo foi deixar o tempo passar, fiquei me contentando com o “melhor que nada”.

Ai o que eu fiz? Olhei pra trás. E quando eu decido olhar pra trás, é porque na minha frente não tá do jeito que eu sonhei. Fico me perguntando onde você foi parar, a única candidata a uma vaga que a 24 anos eu deixo aberta e vazia esperando que você preencha. E sempre ficam me perguntando: “Porque não preenche com outra pessoa?” Só que a resposta pra isso é simples, quando nós somos felizes sem motivo nenhum ao lado de uma pessoa, as outras perdem a cor, e aqui entre nós, o preto e branco nunca me atraiu. Posso ficar com milhares de mulheres, elas podem beijar estupidamente bem, pode me fazer endoidar, perder a respiração, e até dizer “eu te amo”, mas não adianta, nada disso serve pra mim, do que adianta as coisas boas e as palavras certas saírem da pessoa errada?

Sabe o que é engraçado, é que quando se perde um amigo, você sofre, e todo mundo que conhecia aquele amigo seu, sofre também. Só que quando você não tem o seu amor ao seu lado, a dor é exclusivamente sua, sua e de mais ninguém. Não tem como você dividir, e parece que só faz multiplicar.

O meu maior medo, mesmo sem demonstrar e sem confessar, é que me esqueça, e me tranque naquelas gavetas onde botamos os diplomas que batalhamos tanto pra ter, mas que hoje em dia não são mais necessários.

Só peço que volte, volte para o lugar de onde você nunca deveria ter saído. E enquanto você não vem, o que eu faço? Logo eu que sempre fui tão dedicado às palavras, especialmente de amor, não faço a mínima ideia do que dizer a mim mesmo. Volte, pra eu te contar todas as minhas aventuras, em um mundo do qual você nunca viu. Volte, pra eu te contar à vertigem que se sente. Volte, pra eu te contar sobre as frutas que eu experimentei, frutas essas que te deixariam desorientada. Volte, para que eu possa implicar com você, para que eu possa cantar aquelas musicas que você não gosta. Por mais que eu tente não deixar acontecer, parece que as lembranças e a distância vivem me aproximando do que eu não quero viver, e vão me afastando daquele ambiente e mundo que só nós dois entendemos.

O que eu mais quero é abrir os seus olhos, para que você possa olhar dentro dos meus, para que você veja que tudo isso aqui dentro de mim é exatamente como está escrito. Depois de muito tempo sem você aqui, eu não quero mais isso, eu quero o brilho dos seus olhos, o teu cheiro grudado nas minhas roupas, quero o amor estampado no meu sorriso junto com toda a minha felicidade de te ter aqui do meu lado. É engraçado que o meu maior ponto fraco, também seja o que me deixa tão forte.

Sempre vai haver uma canção, um texto, contando tudo de mim. Sempre vai haver uma voz, um grito, um sussurro, um dialogo, ou até uma conversa fática que seja, contando tudo de nós. E quando essas canções, textos, e toda a gritaria falarem sobre nós, vão finalmente entender como realmente se quer e se ama uma pessoa. Eles vão entender que amar é o maior dos sentimentos, que é querer uma pessoa mesmo cheia de defeitos, medos e duvidas. Que o amor é aquilo que nos deixa a vontade. À vontade pra atender a porta com o cabelo todo bagunçado, ou para um encontro inesperado num dia de chuva. Ou até quem sabe, para um beijo com gosto de uma noite inteira de sono pela manhã. 





“Mas isso não parece desesperado e patético?
-Não, isso parece romântico e sincero”

Dawson's Creek

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